Johann Peter Kirsch, Enciclopédia Católica
A menção mais antiga da mártir romana Santa Bibiana (Vibiana) em uma fonte histórica confiável é encontrada no “Liber Pontificalis“, em cuja biografia do Papa São Simplicio (468-483) afirma que esse Papa “consagrou , perto da ‘Licinianum palatium‘, uma basílica para a santa mártir Bibiana, na qual seus restos mortais descansam” (ed. Duchesne, I, 249). Esta basílica ainda existe. No século V, portanto, os restos mortais de Santa Bibiana estavam entre as muralhas da cidade. Não temos dados históricos adicionais sobre seu martírio ou as circunstâncias de sua morte; nem sabemos por que foi enterrada dentro da própria cidade. Em tempos posteriores, uma lenda se originou, que se relaciona aos Atos dos martírios de São João e São Paulo, e que não tem base histórica para se acreditar. Segundo esta lenda, Bibiana era filha de um antigo prefeito, Flaviano, que foi banido por Juliano, o Apóstata. A esposa de Flaviano, Dafrosa, e suas duas filhas, Demétria e Bibiana, também foram perseguidas por Juliano — Dafrosa e Demétria morreram de causas naturais e foram enterradas por Bibiana em sua própria casa; mas Bibiana foi torturada e morreu por causa do sofrimento. Dois dias depois, um padre chamado João a enterrou perto de sua mãe e irmã em sua casa, e depois a casa foi convertida em uma igreja. É evidente que a lenda tenta explicar a origem da igreja e a presença dos restos mortais dos mencionados confessores dentro dela. A história contida nas martirologias do século IX foi retirada da lenda.
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Fonte: Kirsch, Johann Peter. “St. Bibiana.” The Catholic Encyclopedia. Vol. 2. New York: Robert Appleton Company, 1907. 22 Jul. 2010 <http://www.newadvent.org/cathen/02542b.htm>.
Traduzido por Leonardo Brum a partir da versão espanhola, disponível em <https://ec.aciprensa.com/wiki/Santa_Bibiana>.
[Segue abaixo oração à santa, por ocasião de sua festa a 2 de dezembro, extraída do Missale Romanum, Ed. Vozes, 1943]
OREMOS
Ó Deus, dispensador de todos dos bens, que reunistes em vossa serva Bibiana a flor da virgindade e a palma das Mártires, dignai-Vos, por sua intercessão, unir a Vós as nossas almas na caridade, a fim de que, afastados do nosso caminho todos os perigos, cheguemos a alcançar as eternas recompensas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
OREMUS
Deus, ómnium lergítor bonórum, qui in fámula tua Bibiána cum virginitátis flore martyrii palmam conjunxísti: mentes nostras ejus intercessióne tibi caritáte conjúnge; ut, amótis perículis, præmia consequámur ætérna. Per Dóminum Nostrum Jesum Christum.