Sociedade civil católica, destinada à difusão da Cultura Ocidental e à atuação política em defesa da família, em observância à Doutrina Social da Igreja.

Quinto Domingo depois de Pentecostes

D. Crisóstomo d’Aguiar

Membros do corpo moral de que Jesus Cristo é Chefe, devemos viver unidos na caridade. Neste reino do Pai que é a Igreja, participantes da mesma natureza divina do nosso Chefe, amaremos o nosso próximo (Epístola, Evangelho), procurando no nosso amor para com Deus (Oração) o motivo das nossas dedicações para com nossos semelhantes. Esse amor estender-se-á não só aos que nos pagam com amor, mas até aos que nos perseguem. À semelhança de Davi, que não pagou o mal com mal, há de o cristão perdoar as injúrias, aceitá-las em espírito de expiação, recalcando ressentimentos quando se vir vítima dos falsos testemunhos. Deus que ouve as súplicas do justo, protege-lo-á de todas as aleivosias (Introito) que lhe lançarem. 

Andemos unidos na oração, procurando a paz! Mais do que isso: seguindo a palavra do Mestre que nos promulga sua Nova Lei de amor, amemos o nosso semelhante, acautelemo-nos antes de apresentar nossas ofertas ao altar (Evangelho). O ósculo da paz que outrora se dava por vezes ao Ofertório atraía as atenções dos fieis para este preceito (Secreta). Chamar a um homem raca, vão, leviano; chamar-lhe louco, ímpio, celerado, não nos será tão proibido como o homicídio? Não desprezemos ninguém, não profiramos palavras injuriosas, que o ciúme e o ódio geralmente nos inspiram.

Se as pronunciarmos num assomo de cólera, reconciliemo-nos antes de aparecermos perante o Deus do perdão (Evangelho). Só assim poderemos viver da vida eterna na casa do Senhor (Comunhão).


Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Quinto Domingo depois de Pentecostes.