Sociedade civil católica, destinada à difusão da Cultura Ocidental e à atuação política em defesa da família, em observância à Doutrina Social da Igreja.

Sétimo Domingo depois de Pentecostes

D. Crisóstomo d’Aguiar

A Arca da Aliança, que o povo de Israel levava pelos campos de batalha, torvava-lhes seguro o sucesso, e, alcançado este, seguiam, em gritos de alegria, pela santa montanha de Sião acima, exortando todos os povos a louvarem o seu Deus. Jesus Cristo, também alcançou triunfo sobre o mundo e o demônio, subiu ao Céu, e a Liturgia convida-nos a louvá-lo (Introito). Todas as almas seguem após Ele, num uníssono louvor, porque “nunca se enganou em seus planos a sua divina Providência” (Oração). O número sete que tem este Domingo vem pois muito de molde para designar aquela sabedoria que fora concedida a Salomão depois de oferecido o sacrifício de que fala Daniel (Ofertório). Como o temor é princípio de sabedoria, diz o Profeta Davi: ensinar-vos-ei o temor do Senhor (Gradual).

Guiados pela sabedoria incriada vivemos a vida divina. Mas esta, por atos se manifesta, O Evangelho assevera que “não é o que diz: Senhor, Senhor, que se salva, mas o que faz a vontade do Pai”. Pelos frutos se conhece a árvore. Ao lado da que só produz abundantes frutos, se depara a que só abrolhos e espinhos dá. Mas a de inútil ou mau fruto será cortada para se lançar ao fogo (Evangelho). Esses frutos de pecado serão a vergonha e a morte; ao contrário, os que servem a Deus andarão em paz (Epístola). Convertidos, de plantas más e estéreis, em rebentos frutuosos, deixado o pecado, virados para Deus, empreguemos na prática do bem as energias que dissipávamos perdidos na senda do mal.

Crendo que o amor onipotente secunda os nossos esforços, abandonemo-nos à doce mão, que, sabendo o que nos é bom ou mau, visto a ser a Sabedoria consumada (Oração), nos tirará do erro para nos fazer escravos da justiça.


[Segue abaixo o próprio da Missa do Sétimo Domingo depois de Pentecostes]