D. Crisóstomo d’Aguiar
Criados em Jesus Cristo para fazer boas obras, feitos filhos de Deus, deve a nossa vida ser ininterruptamente santa. Mas isto será fruto do Espírito Santo, que misericordiosamente opera em nós (Epístola), e em tudo nos previne, nos sustenta de sua luz e de sua força. O primeiro meio, então, para nos santificarmos é a oração instante e contínua que nos alcance da clemência do Pai o Espírito e por uma generosa cooperação nos ponha à disposição da sua ação criadora.
Revelando-nos o abismo da caridade do Salvador, e fazendo-nos correr após dele, o Espírito, de claridade em claridade, nos transformará no divino Modelo que nos é apresentado, e nos encherá da plenitude de Deus, além de tudo que possamos desejar.
“Dobro os joelhos diante do Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo”, diz S. Paulo: Vivamos, também, na luz da Trindade Santíssima, estreitamente unidos, em íntima familiaridade com cada uma das três augustas pessoas (Epístola).
A segunda, Jesus, se aplicará a curar, com maravilhosa suavidade, o orgulho tão enraizado em nossa natureza carnal, Ele que curou o hidrópico.
Veio levantar a humanidade da miséria, e convida-a ao banquete nupcial do Céu que se inicia cá na terra, na Igreja. “Estávamos mortos por nossas ofensas, diz mais o Apósotolo, mas Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar juntos no Céu”. “O convite para o banquete de núpcias, é o convite do gênero humano à sagrada união com nossas almas, que hão-de reinar, no trono do Verbo, Esposo e Chefe delas”, diz D. Guéranger.
A este banquete, o povo judeu, rejeitado por seu orgulho, será o último a entrar, porque os orgulhosos são rejeitados e exaltados os humildes!
[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Décimo Sexto Domingo depois de Pentecostes]