D. Crisóstomo d’Aguiar
Compõe-se a Liturgia deste domingo da comemoração da triunfal entrada de Jesus em Jerusalém (Bênção e procissão de ramos); da representação da Paixão de Nosso Senhor (Missa, com a Paixão segundo S. Mateus); e, finalmente, do sacrifício propriamente dito, a sagrada Eucaristia, memorial da Paixão de Jesus.
Para a Bênção dos Ramos, e para a procissão, outrora, como indicam os textos, eram ramos de palmeira e de oliveira os únicos admitidos; hoje, pode-se-lhes ajuntar os de buxo e de loureiro, ainda que o simbolismo das orações é todo relativo às oliveiras e palmas. O rito desta procissão remonta ao IV século, e teve a sua primeira origem em Jerusalém, onde os fieis se reuniam no monte das Oliveiras, e ao cantar de hinos, antífonas, palmas nas mãos, se dirigiam, bispo à frente, para Jerusalém. Todos repetindo o “Bendito seja o que vem em nome do Senhor”, velhos e novos, crianças mesmo ao colo das mães, celebravam, assim, o triunfo do Rei pacífico, até que o cortejo chegava ao alto da montanha, entrando na Igreja da Ressurreição. Só muito tarde é que esta cerimônia foi introduzida no Ocidente. Em Roma, à semelhança daquela procissão, dirigia-se uma de Santa Maria Maior a São João de Latrão.
A função começa pelas exclamações do povo que bradava, quando se encontrava com Nosso Senhor, confessando a sua divina missão, e reconhecendo-O como legítimo filho de Davi.
[Segue abaixo texto com o próprio da Missa do II Domingo da Paixão]