D. Crisóstomo d’Aguiar
Recorda-se o humilde nascimento de Cristo e as circunstâncias que o assinalaram. “Um povo que andava nas trevas viu levantar-se brilhante luz sobre os que estavam nas trevas e nas sombras da morte”. Foi anunciado, por isso, o acontecimento aos pastores de Belém, os quais ficaram deslumbrados por grande claridade.
É o que se passa na ordem sobrenatural, porque esses pastores representam-nos (Evangelho). A Igreja lembra-nos a grandeza dAquele que adoramos no seu pobre presépio (Introito, Gradual), a qual se manifestará quando no derradeiro dia do mundo vier a julgar (Epístola).
É o dia de Natal o único do ano que conserva o velho uso de uma festa no meio da noite, e com toda a razão, por quanto (Evangelho) foi na “sacratíssima noite” que os Anjos levaram aos pastores a boa-nova de a virgindade imaculada de Maria haver dado ao mundo um Salvador (Cânon), o Desejado das Nações, o esperado Messias, por quem suspiravam, desde a primitiva queda, sucessivas gerações.
[Segue abaixo texto do próprio da Missa]