Sociedade civil católica, destinada à difusão da Cultura Ocidental e à atuação política em defesa da família, em observância à Doutrina Social da Igreja.

Primeiro Domingo da Quaresma

D. Crisóstomo d’Aguiar

É um dos dias mais solenes de todo o ano, porque inaugura oficialmente a santa Quaresma. Aos seus filhos ensina a Igreja com que sentimentos devem iniciar a carreira a que não há muito os convidava a S. Paulo. É mister, em primeiro lugar, confiança, pois (Introito) se nos proclama já de antemão a gloriosa vitória que há de coroar os esforços na luta empreendida, e entrevemos a aurora da Páscoa, para nos acoroçoarmos. S. Paulo (Epístola) expõe-nos como devemos passar o tempo da salvação, concentrando-nos a atenção no pensamento único do serviço de Deus, e das circunstâncias atormentadas da nossa vida terrestre; e nosso Senhor mesmo (Evangelho) nos ensina como às sugestões três vezes repetidas do tentador podemos responder, e como, a seu exemplo, o havemos de vencer.

É, pois, este o tempo favorável para nos reconciliarmos com Deus, e ressuscitarmos para nova vida: é a hora do perdão. O salmo que a Liturgia canta é, também, (Introito, Comunhão, Ofertório, etc.) expressão da confiança e do abandono à vontade divina, para começar a Quaresma. Mas também generosidade! São dias de combate os quarenta que Jesus passou no deserto! Aprendamos a vencer as nossas paixões. A coroa e a conclusão prática deste longo retiro para o cristão solícito da sua santificação, deve de ser a Confissão, uma confissão bem feita, como lhes preceitua a Santa Igreja (Concílio IV de Latrão), e a Comunhão pascal.

Terminada a Quaresma veremos e nos regozijaremos com o nosso Mestre e Modelo ressuscitado!


[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Primeiro Domingo da Quaresma]