D. Crisóstomo d’Aguiar
Assim como no Advento o Domingo Gaudete abre um parênteses nas austeridades preparatórias do Natal, assim, na Quaresma, o Domingo Lætare excita-nos a uma santa alegria, para continuarmos corajosamente a nossa laboriosa preparação para a festa da Páscoa, e faz uma pausa no meio das observâncias quaresmais.
Um raio de luz e de alegria fulge para nossas almas, e a esse divino fulgor perseveramos na luta contra o demônio, a carne, o mundo, até a santa Páscoa. Alegra-te, Jerusalém; estremecei de alegria vós os que chorais; rejubilai de gozo, e saboreai as suas consolações, porque, mortos com Jesus para o pecado durante a Quaresma, ides em breve ressuscitar com Ele pela confissão e comunhão! Resgatados por Jesus Cristo, e chamados à liberdade dos filhos de Deus, como nos não deve encher de júbilo a grandeza da nossa vocação (Epístola)!
E para nos firmarmos nela, como não recebermos, na Páscoa, a Eucaristia de que é símbolo a miraculosa multiplicação dos pais e dos peixes (Evangelho), a divina Eucaristia, que será, no correr dos séculos, o grande sacramento da continuação, entre nós, da obra vivificadora de Jesus Cristo? Peçamos a Deus que no meio das provas que nos envia ou das penitências que nos impomos por nossos pecados, nos sustente sempre com suas divinas consolações (Oração).
[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Quarto Domingo da Quaresma]