D. Crisóstomo d’Aguiar
A Liturgia, do mesmo passo que exalta e glorifica a justiça divina (Introito, Evangelho), convida-nos ao júbilo perante o triunfo que Jesus, e, por Ele, a sua Igreja, alcançou sobre a morte. A destra do Senhor, que ressurgiu de entre os mortos, manifestou o seu poder (Aleluia) e ainda mais no dia glorioso da Ascensão. Jesus vai deixar a terra, com efeito, mas do Céu enviará à sua Igreja aquele dom excelente do Pai das luzes (Epístola), Espírito de verdade, que a todos há de ensinar (Evangelho, Ofertório) e unir num só e mesmo coração (Oração), convencendo o demônio e o mundo do pecado, que cometeram quando entregaram Jesus (Evangelho, Comunhão), e O continuam a perseguir nos seus membros. Ouçamos com atento amor suas palavras de verdade, e realizemo-las na vida (Secreta), com os corações sempre postos nas únicas verdadeiras alegrias, — as do Céu (Oração). Vivamos, sim, uma vida nova, e no Evangelho, palavra de verdade que recebemos com docilidade e com amor, façamos crescer de dia em dia a divina vida sobrenatural que Jesus nos concede nas efusões da sua graça!
[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do IV Domingo depois da Páscoa]