Sociedade civil católica, destinada à difusão da Cultura Ocidental e à atuação política em defesa da família, em observância à Doutrina Social da Igreja.

Segundo Domingo depois de Pentecostes

D. Crisóstomo d’Aguiar

A Sagrada Eucaristia é o Sacrifício que, recordando-nos que por Jesus nos veio a salvação (Epístola), nos mostra perenemente o amor que Deus nos tem, e por isso assistir à Missa, vivo memorial do que por nós sofreu o Salvador, é obrigação de todo o cristão, que precisa de se sacrificar também para atender às necessidades dos seus irmãos.

Mas a Eucaristia é também Sacramento, e a prova mais convincente de quanto Deus nos ama, é que nos convida à sua mesa, e em patenas de ouro e toalha branca nos dá o seu Corpo a comer. No altar é o prelúdio do banquete celeste a que tantas vezes aludem os Patriarcas, os Profetas, o Evangelho.

Por orgulho recusaram-se os judeus a tomar parte no festim, mas a nós foi-nos dado substituir esses todos que por amor dos prazeres, por avareza, ou por orgulhos desdém, não se queiram abeirar da mesa eucarística (Evangelho). Deus fixou-nos no seu amor, e não cessando nunca de nos dirigir (Oração), opera a nossa santificação pela recepção do Mistério eucarístico (Pós-comunhão).

Fortalecidos no amor de Jesus, assim recebido no Sacramento, demos testemunho da sua divindade, e digamos com S. Paulo: Se Deus está por nós, quem contra nós? Quem nos separará da caridade de Cristo? Se em todas as provas vencemos por Aquele que nos amou?… Os filhos de Deus amam-se entre si, e é por isso que se sabe que passaram da morte à vida, das trevas à luz. Mas o mundo odeia os que lhe não pertencem. O servo não é mais que o Senhor; não os admiremos. Como Davi, figura das almas fieis, digamos o Gradual, bela oração contra a perfídia, contra as injúrias, e injustiças dos filhos das trevas!


[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Segundo Domingo depois de Pentecostes]