D. Crisóstomo d’Aguiar
Cantemos a infinita misericórdia divina que vai procurar os pecadores e os acolhe com benignidade (Oração). Verdadeiramente, se Jesus veio a terra não foi só a procurar justos, mas também pecadores, e as almas de uns e de outros sentem dia a dia a divina influência que o Espírito comunica. A quem se deixa guiar por sua direção, oculta certamente, mas muito real, não nada no mundo que lhe prenda o coração, apesar deste ter todas as seduções de honras, riquezas e prazeres (Oração), que a alma bem sabe a luz da fé que são fementidos.
Através de quantas tentações nos persigam, e ela nunca faltam (Epístola), se o cristão se não furta às inspirações de Deus e do Espírito divino que nos mandou, aportará de certeza ao seguro e feliz porto da eterna bem-aventurança (Epístola).
Não podemos, é certo, deixar de proclamar que somos fracos em face das tentações… seduzidos pelo mal, caindo no pecado, somos a ovelha desgarrada que o divino pastor piedosamente carrega aos ombros; somos qual drama perdido, em que há gravada a efígie do rei do Céu, e que a Igreja encontrou (Evangelho).
Sem Deus, na nossa miséria, nada podemos fazer, nem santo, nem sólido, nem bom (Oração), mas na sua divina graça encontramos a inabalável estabilidade que nos fixa bem!
Cantemos então a homenagem de fé no Deus que a todos perdoa (Aleluia), e lancemos nEle todos os nossos pensamentos e solicitudes (Epístola) Não deixará de nos apascentar, tomará nos braços os seus cordeirinhos, tra-los-á aconchegados ao seio.
[Segue abaixo o próprio da Missa do Terceiro Domingo depois de Pentecostes]