D. Crisóstomo d’Aguiar
De não nos conformarmos com a vontade divina nos vêm todos os males de que nos queixamos (Introito, Epístola). Não admira que à semelhança de povo de Israel, que no exílio implorava da misericórdia de Deus o perdão para as suas faltas, peçamos, pela voz da santa Igreja, que Deus nos perdoe as infidelidades, para O podermos servir de ânimo alegre e coração tranqüilo (Oração), na plena obediência aos seus mandamentos (Pós-Comunhão). Guiados pelo Espírito Santo, e unidos no culto que manifestamos ao Senhor no mesmo templo (Epístola), os nossos olhos volvem-se, cheios de esperança, para o Céu, e nossos lábios cantam salmos de louvor a Deus (Gradual, Aleluia).
Parecido com aquele oficial do rei (Evangelho) que perseverava em pedir com fé, que nada desanimava, a cura de um filho querido prestes a morrer, o cristão, cheio de fé, obtém para sua alma tudo quanto quer por suas ardentes súplicas, pois Deus lhe aplica celestes remédios, que primeiro o purificam de todos os vícios e depois o enchem de todas as graças.
Unamo-nos em espírito, cheios da mesma fé, com a oração da Igreja, e peçamos ao Senhor que, aplacado, nos perdoe, nos purifique e nos conceda conservarmo-nos no seu serviço (Oração).
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[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Vigésimo Domingo depois de Pentecostes]