D. Crisóstomo d’Aguiar
O Domingo que fecha o Ano Litúrgico tem especial importância, e reveste particular solenidade. Se os cânticos são ao mesmos que os dos domingos precedentes, a Epístola faz-nos ouvir S. Paulo convidando-nos a estabelecer em nossas almas desde este mundo, o reino de Deus. O Evangelho é uma perícopa, bastas vezes comentada, que nos faz assistir às convulsões que hão de agitar esta terra, no momento em que aparecer o justo Juiz, para dar a cada um, consoante as suas obras, o castigo ou o prêmio.
A preparação para este derradeiro advento do Senhor é a constante preocupação da Igreja (Evangelho). Por isso nos são inculcadas com singular empenho as boas obras, e S. Paulo nos recomenda que suportemos todos os males da vida com paciência, fiados no poder de Deus, e agradeçamos a Deus Pai o fazer-nos participantes da herança dos santos, na terra, em espírito, e no último dia, em corpo e alma, pelos merecimentos do sangue redentor de Jesus.
No meio das angústias que para cada um a morte sempre tem, e quando chegar o tremendo dia do juízo, peçamos a Deus que nos conceda (Oração) sua misericórdia, Ele que só tem para conosco pensamentos de paz e não de ira (Introito).
Prometendo, como prometeu, que ouviria as orações feitas com fé (Comunhão), há de nos livrar da nossa aflição, e fará cessar o nosso cativeiro, admitindo-nos de vez na pátria bem-aventurada no Céu.
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[Segue abaixo o texto do próprio da Missa do Último Domingo depois de Pentecostes]