D. Crisóstomo d’Aguiar
Numerosos textos das sagradas Escrituras provam a realeza universal e gloriosa de Jesus, “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
O santo Sacrifício e o Ofício divino são o tributo que a Igreja presta quotidianamente a Cristo, na sua qualidade de pontífice, e rei, e as mesmas festas litúrgicas da Epifania, da Páscoa, e da Ascensão, têm por objeto a veneração dos mistérios em que mais particularmente Cristo se apresenta a nós sob a forma de rei… Todavia a Santa Igreja, como tantas vezes tem feito com outras heresias, ainda desta feita quis opor à heresia moderna do laicismo, que não quer que “Cristo reine sobre nós”, sobre a sociedade, a afirmação da sua crença na suprema realeza de Jesus, instituindo uma festa especial, que convidasse anualmente os seus filhos a confessarem pública e solenemente que Jesus é não somente rei das almas e dos corações, mas também rei da sociedade.
Foi assinado à nova solenidade o Domingo que precede a festa de todos os Santos, na qual veneramos a Jerusalém celeste e a corte brilhante do Rei da glória. Ao terminar do Ciclo de domingos depois de Pentecostes é justo que, antes de volvermos os olhos para os vários coros que brilham e cantam na cidade do Céu, tributemos a adoração que lhe é devida Àquele diante de quem os Anjos e os Santos todos se prostram, para depois lhe entoarem um aleluia de eterno júbilo e louvor. Associemo-nos a esta homenagem que na santa Cidade os Bem-aventurados prestam ao Rei divino, e cá na terra repitamos, com a Liturgia, a bela oração do dia: Ó Senhor, que Vos dignastes restaurar todas as coisas na pessoa do vosso dileto Filho, estabelecendo-o Rei universal das criaturas…, fazei que todos os povos, perdida pelo pecado a prístina unidade de família, a encontrem no único e doce reino inaugurado por Cristo por meio da Igreja!
Para melhor compreender o sentido desta festa, recomendamos a leitura da Carta Encíclica Quas Primas, do Papa Pio XI: http://institutojacksondefigueiredo.org/documentos-da-igreja/carta-enciclica-quas-primas
Segue abaixo o texto do próprio da Missa da Festa de Cristo Rei: